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sexta-feira, 22 de julho de 2011

CONHECENDO A HISTÓRIA DE SAMPA -Caetano Veloso - 1978

CONHECENDO A HISTÓRIA DE SAMPA
Caetano Veloso - 1978

"Sampa" surgiu em razão de um programa sobre São Paulo, realizado pela TV Bandeirantes, para o qual o produtor encomendara um depoimento a Caetano. Então, Caetano teve a idéia de fazê-lo sob a forma de uma canção, com uma longa letra em que expunha suas impressões sobre a cidade, canção que ele comporia em poucos minutos e que gravaria e, vídeo já no dia seguinte. A letra de "Sampa" registra referências a muita coisa que o autor considera importante na cidade como a poesia concreta dos irmãos Campos, as figuras de Rita Lee e os Mutantes e, em seu arremate, a declaração "e novos baianos te podem curtir numa boa", cantada sobre a frase melódica final do samba "Ronda" de Paulo Vanzolini, o que é um achado. Além de difundir a sigla, que o povo consagrou, "Sampa" impressiona como uma sincera homenagem do artista à cidade que o acolheu no início de sua carreira. Por exemplo, a esquina das avenidas Ipiranga e São João, que a canção converte numa referência na MPB, deve-lhe trazer boas recordações, pois fica apenas a algumas dezenas de metros do apartamento da avenida São Luís, onde ele morou na época. Quase um hino a São Paulo, com suas descrições, citações e reflexões. "Sampa" criou laços definitivos entre o poeta e a cidade, impondo-se como peça obrigatória em seu repertório, sempre que ele a visita.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aula do 31 de maio

Escutamos a canção de Caetano Veloso TREN DAS CORES
E transcribimos a letra depois de escutar-la, verso a verso.



Trem Das Cores

Caetano Veloso

Composição : Caetano Veloso
A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial
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