- 1- Algumas características abaixo foram citadas por vários autores que tentaram entender a crônica enquanto estilo literário:
- 2 - Escolha a opção certa ou complete com o verbo entre parênteses no tempo adequado:
...No Brasil, a crônica se consolidou por volta de (por volta de - perto de)... (ver embaixo)
A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar"1, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"2.
A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". João Roberto Faria no prefácio de Crônicas Escolhidas de José de Alencar nos explica:
Ainda hoje há a relação da crônica e o jornalismo. Os jornais ainda publicam crônicas diariamente, mas seu aspecto literário já é indiscutível. O próprio fato de conviver com o efêmero propicia uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, insinuante e despretenciosa como só a literatura pode ser. É "uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa realidade e de nossa história..."2.
No Brasil, a crônica se consolidou por volta de (por volta de - perto de) 1930 e atualmente vem adquirindo (adquirir) uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes (além dos grandes - aliás dos) autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. (Todo -Tudo) Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse (desenvolver-se) no Brasil de forma extremamente significativa.
Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida..."4.
1 - Afrânio Coutinho - "A literatura no Brasil" - Volume III - RJ: Livr. São José, 1964.
2 - Davi Arrigucci Jr. - "Fragmentos sobre a crônica" - Folha de São Paulo, 01/05/87.
3- João Roberto Faria no prefácio (Alenaar conversa com os seus leitores) de "Crônicas escolhidas - José de Alencar" - São Paulo: Ed. Ática e Folha de São Paulo, 1995.
4 - Antônio Cândido no artigo "A vida ao rés-do-chão".