quinta-feira, 28 de julho de 2011

Verbos Regulares - Subjuntivo - Nominais - Imperativo



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CONJUGAÇÕES VERBOS REGULARES INDICATIVO


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

PRONOMES PESSOAIS


Pronomes pessoais
o, a, os, as (-lo..., -no...)

A violência
A violência nas grandes cidades tem aumentado assustadoramente e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido apenas pela polícia. O problema tem raízes profundas e, para resolvê-lo, é necessário identificá-las. As autoridades perseguem os marginais, prendem-nos, mas isso não basta.

Complete as frases.

1. (alugar) Gostei desta casa e quero ______________.
                   Gostei desta casa.  Quero alugar esta casa.
2. (castigar) Os pais chamaram o garoto e ___________.
3. (usar) O carro é meu. Não quero que você  _________.
4. (ler) Comprei 0 jornal, mas não ________.
5. (perder) Gosto dela e tenho medo de ___________.
6. (dar) Pegaram a revista e __________.
7. (matar) O ladrão segurou a moça e ameaçou _________.
8. (esperar) Estou com pressa por isso não posso ______.
9. (pôr) Comprei urn armario enorme e agora não sei onde ____________.
10. (ver) Onde anda seu irmão? muito tempo não ______.
11. (esconder) Os ladrões roubaram as jóias e _____.
12. (trair) Ele é meu amigo. Não posso _________.


O, a, os, as (-Io,... -no...) (Ihe,... Ihes...)

Auxiliar de Departamento do Pessoal
Precisa-se de rapaz ou moça c/ 2 anos de experiência comprovada na função.
Oferecemos-lhe bom ambiente de trabalho, assistência médica e restaurante no local.
Exigimos currículo. Endereçá-lo à Caixa Postal 2005, nesta cidade, a/c do sr. João de Andrade.

Complete as frases.

1. Fernando, vou   __________________  falar com franqueza.
2. Mario, este livro_____________pertence?
3. O pai confiou-______________todo o dinheiro?
4. O carteiro entregou-____________uma carta.
5. Todos admiram- _____________ muito.
6. Recebi o pacote e dei- _________ a ele.
7. A verdade é essa e não posso negá- _______.
8. Vou enviar- _________ umas flores.
9. Elisa, esta criança não_________obedece.
10. O presidente negou-________ Iicença para sair.
11. A polícia comunicou- ________ que o ladrão  foi preso.
12. Ela é uma costureira muito boa; é só  __ mostrar o modelo e ela ______  copia fielmente.
13. A encomenda já chegou: vou levá ____ ao chefe.
14. Resolvemos contá-_____ toda a verdade.
15. A história é esta. Eles contaram-_________ tal como aconteceu.
16. Não  _________  perguntei o  motivo porque não queria magoa-________
17. Telefonei- ______ ontem, mas não _____ disse que você estava procurando.
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sábado, 23 de julho de 2011

Poesia com Shakespeare

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Dicionário online de português

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porém

Conjunção
po.rém
  1. conjunção coordenativa adversativa, indica oposição entre idéias; mas, todavia
    Era difícil ao filho do comendador ir lá ter sem oposição do pai. Imaginou porém um meio bom; (Machado de Assis)
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

PRONOMES RELATIVOS

Pronome relativo
É uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior
e estabelece relação entre duas orações.

FAZEM REFERÊNCIA A ALGO JÁ MENCIONADO

Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.

Não conhecemos o aluno que saiu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.

Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis
O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Invariáveis
Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)

Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
                              
                          preposição        pronome            termo regente
    exigida                                                       relativo
  
pelo verbo

Havia condições            a                 que       nos opúnhamos. (opor-se a)  
Havia condições          com              que       não concordávamos. (concordar com)
Havia condições            de               que       desconfiávamos. (desconfiar de)
Havia condições             -                que       nos prejudicavam. (= sujeito)
Havia condições            em              que       insistíamos. (insistir em)       

2. O pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada.  Sempre precedido por uma preposição (a, contra, por, para, etc.)

Não conheço a médica de quem você falou.
O escritor de quem eu te falei lançou mais um livro.
O rapaz com quem eu saí ontem era italiano.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.

3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado como pronome relativo indefinido.
Quem atravessou, foi multado.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.       é invariável

Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.
A moça que trabalha neste filme é minha prima.
A revista que comprei é cara.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).

Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).

Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.

Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.

Recolheu tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.
O país de onde eu vim fica na Asia.
O bairro onde eu moro é muito poluído 
a) onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.

As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.

Os pronomes que, quemonde,  quando precedido de preposição, podem ser substituídos por o qual, a qual, os quais, as quais segundo o gênero e número do que substituir:
     
O homen con o qual falei era o gerente. (=com quem)
A estrada pela qual passei era deserta. (=por onde)

No podemos, em português, usar o pronome QUE antecedido de artigo.
Comprei o cd de que te falei ontem. Não: comprei o cd do que te falei ontem.
Fonte: Marina Cabral -Especialista em Língua Portuguesa e Literatura - Equipe Brasil Escola    Gramática - Brasil Escola
Fonte: Aula de Português do Programa Lenguas en los barrios. CABA.
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CONHECENDO A HISTÓRIA DE SAMPA -Caetano Veloso - 1978

CONHECENDO A HISTÓRIA DE SAMPA
Caetano Veloso - 1978

"Sampa" surgiu em razão de um programa sobre São Paulo, realizado pela TV Bandeirantes, para o qual o produtor encomendara um depoimento a Caetano. Então, Caetano teve a idéia de fazê-lo sob a forma de uma canção, com uma longa letra em que expunha suas impressões sobre a cidade, canção que ele comporia em poucos minutos e que gravaria e, vídeo já no dia seguinte. A letra de "Sampa" registra referências a muita coisa que o autor considera importante na cidade como a poesia concreta dos irmãos Campos, as figuras de Rita Lee e os Mutantes e, em seu arremate, a declaração "e novos baianos te podem curtir numa boa", cantada sobre a frase melódica final do samba "Ronda" de Paulo Vanzolini, o que é um achado. Além de difundir a sigla, que o povo consagrou, "Sampa" impressiona como uma sincera homenagem do artista à cidade que o acolheu no início de sua carreira. Por exemplo, a esquina das avenidas Ipiranga e São João, que a canção converte numa referência na MPB, deve-lhe trazer boas recordações, pois fica apenas a algumas dezenas de metros do apartamento da avenida São Luís, onde ele morou na época. Quase um hino a São Paulo, com suas descrições, citações e reflexões. "Sampa" criou laços definitivos entre o poeta e a cidade, impondo-se como peça obrigatória em seu repertório, sempre que ele a visita.
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Blitz: Expressões

  1. de cabo a rabo
  2. ir andando
  3. ter graça
  4. mais essa agora!
  5. chegar-se
  6. segurar a língua
  7. sem mais nem menos
  8. pelo sim pelo não
  9. ar de entendido
Fazer frases com tais expressões.
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Linguagem Coloquial: Blitz


Blitz
- Seus documentos sao falsos - disse o PM, estão apreendidos.
Era uma blitz - mania brasileira de resolver os problemas no grito: proíbem, baixam o pau, prendem, para depois voltar tudo ao que era antes.
- Falsos por que? - espantou-se o dono do carro.
 Ele vinha calmamente da praia de São Conrado, e de repente se viu cercado de soldados em frente ao Hotel Nacional. Detinham todos os carros e davam uma busca  de cabo a rabo, olhando até dentro do motor. No seu, pelo menos, não encontraram nada - a nao ser a falsidade dos documentos, que o soldado invocava agora:
- Falsos porque aqui diz que o senhor tem porte de arma. E o senhor não esta armado.
Mais essa agora. Contando, ninguém acre­dita:
- O fato de eu ter porte de arma não me obriga a andar armado, qual é?
Tinha graça, ele na praia de revolver enfiado no calção de banho:
- Tá tudo bem, seu guarda, mas brincadeira tem hora. Me da os documentos que estou com pressa, preciso ir andando.
- Estão apreendidos.
Acabou perdendo a paciência:
- Apreendido é a ...
Nem bem ameaçou o palavrão, o soldado saltou sobre ele.
- Desacato à autoridade. O senhor esta preso.
- Preso? Que bobagem é essa?
Os outros soldados se chegaram e a coisa começou a ficar preta: eram mais de vinte. Veio o sargento saber o que se passava. Ele se explicou como pôde, segurando a lingua, mas o soldado insistia:
- Xingou a minha progenitora. Desacato  à autoridade.
- Desacato a autoridade - confirmou o sargento gravemente.
 Veio o tenente para conter seus subordinados, que já queriam acabar com a raça dele ali mesmo. Mas, não relaxou a prisão.
- Como é que o senhor, que parece um homem tão educado, vai xingando a mãe dos outros assim sem mais nem menos? Agora não tem perdão: preso por desacato  à autoridade.
- Está bem, se querem me prender, me prendam - conformou-se ele, e foi acrescentando logo, com ar de entendido:
- Só que depois meto um processo em cima de todos por abuso de autoridade. E a pena por abuso de autoridade, vocês sabem disso, é muito maior que a de desacato. Olhou o número de placa de um carro que ia passando:
- Artigo 2365 do Codigo Penal, como vocês sabem.
Com essa, pelo sim, pelo não, acabaram concordando que o melhor era mesmo ele ir embora, com documentos e tudo.
Fernando Sabino (adaptação)
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sábado, 2 de julho de 2011

Datas e questões administrativas


Semana de 4 a 8/07 = Exames oficiais de final de quadrimestre.

Semana de 11a 15/07 = Última semana de aulas do Primeiro quadrimestre.

- FERIAS -


Semana de 22 a 26/08 = Começo do Segundo quadrimestre (aqueles que tenham aulas nas segundas-feiras começam uma semana depois porque dia 22 é feriado).
Nos dias 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10, e 11 de agosto, no horário das 17h às 19h30, serão aplicados exames de nivelação para o ingresso de alunos novos.
Os alunos que faltarem a 3 aulas consecutivas perderão automaticamente a sua vaga no Programa. Exceção: por causa de doença, com atestado médico, ou de viagem, que tenha sido avisada com antecedência ao professor ou na secretaria.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dicionário Luft

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Linguagem formal: Em Minas...

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domingo, 12 de junho de 2011

CALAMIDADE PUBLICA - Caio Fernando Abreu

Ah, querida e heavy Sampa: a feiúra desabou sobre você como uma praga bíblica...
Nunca na minha vida casei, mas — imagino — minha relação com São Paulo é igual a um casamento.Atualmente, em crise. Como conheço bem esse laço, sei que apesar das porradas e desacatos, das queixas e frustrações, ainda não será desta vez que resultará em separação definitiva. No máximo, posso dormir no sofá ou num hotel no fim de semana, mas acabo voltando. Na segunda-feira, volto brava e masoquistamente, como se volta sempre para um caso de amor desesperado e desesperançado, cheio de fantasias de que amanhã ou depois, quem sabe, possa ter conserto. Este, amargamente, não sei se terá.
Porque está demais, querida Sampa. E sempre penso que pode ser este agosto, mês especialmente dado a essas feiúras, sempre penso que pode ser o tempo, tão instável ultimamente, sempre penso que pode ser qualquer coisa de fora, alheia à alma da cidade — para que seja mais fácil perdoar, esquecer, deixar pra lá. Não sei se é. As calçadas e as ruas estão esburacadas demais, o céu anda sujo demais, o trânsito engarrafado demais, os táxis tão hostis a pobres pedestres como eu... Cada vez é mais difícil se mexer pelas ruas da cidade — e mais penoso, mais atordoante e feio.
Feio é a palavra mais exata. A feiúra desabou sobre São Paulo feito as pragas desabavam dos céus, biblicamente. Uma feiúra maior, mais poderosa e horrorosa que a das gentes, que a das ruas. Uma feiúra que é talvez a soma de todas as pequenas e grandes feiúras aprisionadas na cidade, e que pairam então sobre ela, sobre nós, feito uma aura. Aura escura, cinza, marrom, cheia de fuligem, de pressa, miséria, desamor e solidão. Principalmente solidão, calamidade pública.
Fico fazendo medonhas fantasias futuristas. Lá pelo ano 2ooo, pegue Blade Runner, elimine Harrison Ford e empobreça mais — muito, muito mais —, encha de mendigos morando pelas ruas. Encha com gangs de pivetes armados até os dentes, assaltando e matando, imagine incêndios incontroláveis, edifícios abandonados ocupados por multidões sem casa. Por sobre tudo, espalhe um ar irrespirável, denso de monóxido de carbono, arsênico e sei lá quais outros venenos que li outro dia no jornal que o ar de São Paulo tem. Nem luz nas lâmpadas, nem água nas torneiras. E filas — muito maiores que essas de agora — para conseguir leite, carne, pão, arroz, feijão. Imagine em cada figura cruzada em cada esquina a possibilidade de um assassino. E em cada olhar mais demorado a sombra da morte, não do encontro ou da solidariedade.
Ah, heavy Sampa... Vacilo um pouco em fazer aquela linha clamar-aos-poderes, pedir a ação da prefeitura e dos políticos. Pela minha cabeça passa, intuitiva e espontaneamente, que tudo só pode ficar pior, à medida que o século e a miséria avançarem. E, se vocês elegerem Maluf para governador, juro: mudo de cidade. Acabo de vez este casamento, porque acredito ainda em certas coisas bem limpinhas que quero preservar em mim. E isso eu não vou permitir, querida Sampa: que nenhuma cidade, pessoa ou instituição acabe com essas coisas muito clarinhas e muito limpinhas (talvez por isso meio bobas, mas que se há de fazer? São elas que me mantêm vivo) resistindo aqui dentro de mim.
Antes de ficar feio, violento e sujo feito você anda, peço o desquite. Litigioso, aos berros. Vou pra não voltar: falar mal de você na mesa mais esquecida daquele canto mais escuro e cheio de moscas, no bar mais vagabundo do mais brega dos subúrbios de Asunción, Paraguai.

O Estado de S. Paulo, 20/8/1986 - In Pequenas Epifanias

Fuente:
http://semamorsoaloucura.blogspot.com/2007/05/calamidade-pblica.html
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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Biblioteca de la Funceb abre las puertas el domingo 12



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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cartola - Película, viernes 3 de junio, 19hs


 Invita
Viernes 3 de junio - 19hs


Cartola. Música para os olhos.
Dirección: Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.
2007. 88 min.
Subtitulada en español.
_________________________________________________

Esmeralda 969 - Ciudad Autónoma de Buenos Aires
4313.5222 / 6448 - http://www.funceb.org.ar/
Entrada gratuita
 
(Gentileza de Fabian)
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Na sexta chega DANÇA... Rio a Buenos Aires

Oi a todos, esta nova foi enviada pela Claudia:

Viernes 3 de junio- medianoche
DANÇA
Rio en Buenos Aires
Una fiesta dedicada al baile con el espíritu de diversión carioca...
Funk carioca - Hip-Hop - House - Sertanejo
DJ Vintage
DJaneiro
DJ Renato Santos
ph Luz Ferrari
"entre os prédios a benção divina..
de braços abertos ele ilumina,
diversidade de cores e de sabores,
flertes, olhares,. amores."

entrada $20 ($15 hasta las 2:30 mandando nombres a dancafunky@gmail.com)

MOON
Juncal 1773
Recoleta-Buenos Aires
MAS INFO: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002506923844&sk=wall
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A estética do frio


(O livro esta disponible para a compra)


A Estética do Frio


Sinto-me um pouco discípulo daqueles para quem,
na descrição de Paul Valéry, o tempo não conta;
aqueles que se dedicam a uma espécie de ética da forma,
que leva ao trabalho infinito.

Eu me chamo Vitor Ramil. Sou brasileiro, compositor, cantor e escritor. Venho do estado do Rio Grande do Sul, capital Porto Alegre, extremo sul do Brasil, fronteira com Uruguai e Argentina, região de clima temperado desse imenso país mundialmente conhecido como tropical.
A área territorial do Rio Grande do Sul equivale, aproximadamente, à da Itália. Sua gente, os rio-grandenses, também conhecidos como gaúchos, aparentam sentir-se os mais diferentes em um país feito de diferenças. Isso deve-se, em grande parte, à sua condição de habitantes de uma importante zona de fronteira, com características únicas, a qual formaram e pela qual foram formados (o estado possui duas fronteiras com países estrangeiros de língua espanhola); à forte presença do imigrante europeu, principalmente italiano e alemão, nesse processo de formação; ao clima de estações bem definidas e ao seu passado de guerras e revoluções, como os embates durante três séculos entre os impérios coloniais de Portugal e Espanha por aquilo que é hoje nosso território e a chamada Revolução Farroupilha (1835–1845), que chegou a separar o estado do resto do Brasil, proclamando a República Rio-Grandense.
Se no passado o estado antecipou-se em ser uma república durante a vigência do regime monarquista no país, no cenário político nacional desta virada de século, marcado pela desigualdade social, a capital Porto Alegre tornou-se referência internacional como modelo bem sucedido de política com participação popular.
Vou falar o mais brevemente possível sobre a minha experiência como artista no Rio Grande do Sul e no Brasil. É importante começar dizendo que essa conferência é uma exposição de minhas reflexões acerca de minha própria produção artística e seu contexto cultural e social. Do tema, a estética do frio, não se pretende, em hipótese alguma, uma formulação normativa. As idéias aqui expostas são fruto da minha intuição e do que minha experiência reconhece como senso comum. A extensão do assunto e o pouco tempo para expô-lo não me permitem desenvolver suficientemente alguns pontos. Mas convido a todos para um debate após esta exposição, para que possamos retomar o que for de seu interesse e compartilhar novas reflexões.


Nasci no interior, mais ao Sul do que Porto Alegre, na cidade de Pelotas, que em alguns dos meus textos e canções aparece com seu nome em anagrama: Satolep. Minha vida profissional começou e se desenvolveu em Porto Alegre. No entanto gravei quase todos os meus discos no Rio de Janeiro, centro do país e do mercado da música popular brasileira. A exceção é o meu mais recente CD, Tambong, gravado em Buenos Aires, Argentina.*
Aos dezoito anos gravei meu primeiro disco, Estrela, Estrela; aos vinte e quatro troquei Porto Alegre pelo Rio de Janeiro, onde morei por cinco anos. Vivi esse período no bairro de Copacabana, praia símbolo do verão brasileiro, onde, apesar do clima de mudanças discretas entre as estações e do predomínio do calor, mantive sempre alguns hábitos do frio, como o chimarrão, um tradicional chá quente de erva-mate.
Em Copacabana, num dia muito quente do mês de junho (justamente quando começa o inverno no Brasil), eu tomava meu chimarrão e assistia, em um jornal na televisão, à transmissão de cenas de um carnaval fora de época, no Nordeste, região em que faz calor o ano inteiro (o carnaval brasileiro é uma festa de rua que acontece em todo o país durante o verão). As imagens mostravam um caminhão de som que reunia à sua volta milhares de pessoas seminuas a dançar, cantar e suar sob sol forte. O âncora do jornal, falando para todo o país de um estúdio localizado ali no Rio de Janeiro, descrevia a cena com um tom de absoluta normalidade, como se fosse natural que aquilo acontecesse em junho, como se o fato fizesse parte do dia-a-dia de todo brasileiro. Embora eu estivesse igualmente seminu e suando por causa do calor, não podia me imaginar atrás daquele caminhão como aquela gente, não me sentia motivado pelo espírito daquela festa.
A seguir, o mesmo telejornal mostrou a chegada do frio no Sul, antecipando um inverno rigoroso. Vi o Rio Grande do Sul: campos cobertos de geada na luz branca da manhã, crianças escrevendo com o dedo no gelo depositado nos vidros dos carros, homens de poncho (um grosso agasalho de lã) andando de bicicleta, águas congeladas, a expectativa de neve na serra, um chimarrão fumegando tal qual o meu. Seminu e suando, reconheci imediatamente o lugar como meu, e desejei estar não em Copacabana, mas num avião rumo a Porto Alegre. O âncora, por sua vez, adotara um tom de quase incredulidade, descrevendo aquelas imagens do frio como se retratassem outro país (chegou a defini-las como de “clima europeu”).
Aquilo tudo causou em mim um forte estranhamento. Eu me senti isolado, distante. Não do Rio Grande do Sul, que estava mesmo muito longe dali, mas distante de Copacabana, do Rio de Janeiro, do centro do país. Pela primeira vez eu me sentia um estranho, um estrangeiro em meu próprio território nacional; diferente, separado do Brasil. Eu era a comprovação de algo do qual não me julgara, até então, um exemplo: o sentimento de não ser ou não querer ser brasileiro tantas vezes manifesto pelos rio-grandenses, seja em situações triviais do cotidiano, seja na organização de movimentos separatistas.
A sério ou de brincadeira, sempre se falou muito no Rio Grande do Sul em sermos um “país à parte” (nossa bandeira atual é a mesma de quando os revolucionários farroupilhas separaram o estado do resto do país. Vale no entanto dizer que, apesar da imagem que ficou para a história, os farroupilhas não eram separatistas no início de seu movimento). Por ter sempre acreditado que entre falar e sentir havia uma distância enorme, a realidade do meu sentimento era agora perturbadora. Significava que eu não precisava sair à rua pregando o separatismo: eu já estava, de fato, separado do Brasil.
Naquela época, passagem dos anos 80 para os 90, esse tema do “país à parte” estava mais uma vez em voga, e não se poderia encontrar em outra região do país, como ainda hoje não se pode, um povo mais ocupado em questionar a própria identidade que o riograndense. Com isso, o gauchismo e os movimentos separatistas estavam em alta, estes últimos a reboque dos freqüentes protestos de políticos contra o governo federal pela precária situação econômica do estado, manifestações que, muitas vezes, traziam à tona a retórica dos revolucionários do século XIX.
Abro parêntese para comentar o que chamei de gauchismo.
É difícil que as regiões se conheçam bem em um país tão grande como o Brasil. Acabam sempre lançando mão de estereótipos e fixando uma imagem imprecisa umas das outras. A mídia nacional, situada no centro geográfico, enfrenta a mesma dificuldade e, ao tentar dar conta da diversidade, adota os estereótipos regionais, o que termina por reforçá-los. Neste processo, distorções muitas vezes se estabelecem como definições de cores locais.
A palavra gaúcho é, hoje em dia, um gentílico que designa os habitantes do Rio Grande do Sul, e o estereótipo do gaúcho é um dos mais difundidos nacionalmente, se não o mais difundido: misto de homem do campo e herói, que o escritor brasileiro Euclides da Cunha, em seu clássico Os Sertões, definiu como essa existência-quase-romanesca. Popularmente, é visto como valente, machista, bravateiro; um tipo que está sempre vestido a caráter e às voltas com o cavalo, o churrasco e o chimarrão.
Originalmente, gaúcho é o rio-grandense do interior, que trabalha a cavalo em fazendas de criação de gado, o mesmo personagem que, no passado, participou das guerras e revoluções em que o estado se envolveu. É um tipo comum aos vizinhos Uruguai e Argentina, com a diferença de que nesses países gaucho (gaúcho) é simplesmente o homem do campo, nunca um gentílico que designe os habitantes dos centros urbanos. É significativo que, no variado leque de tipos regionais brasileiros, esse mesmo gaúcho tenha se estabelecido como marca de representação de todos os rio-grandenses, justamente ele, que nos vincula aos países vizinhos, que nos “estrangeiriza”.
Já o gauchismo ou tradicionalismo é um amplo movimento organizado que, transitando entre a realidade da vida campeira e seu estereótipo, procura difundir em toda parte o que considera a cultura do gaúcho. O empenho de grupos tradicionalistas em legitimar esse personagem e seu mundo como nossa verdadeira identidade, e a vinculação histórica do gaúcho aos heróis da Guerra dos Farrapos contribuem de forma decisiva para que o estereótipo seja largamente assumido pelos rio-grandenses como imagem de representação. No estado e no país quase já não se fala em rio-grandense, mas em gaúcho.
À parte sua real significação, o gaúcho é um símbolo que, em especial nos momentos em que a auto-afirmação se faz necessária, está sempre à mão, assim como o sentimento separatista.
Falando em identidade e separação, fecho parêntese e volto a Copacabana.
Um carnaval acontecer e ser noticiado com tanta naturalidade em pleno junho me levou a pensar nas regiões do “calor” brasileiro, sua gente e seus costumes, e a conectá-las com o cotidiano do Rio de Janeiro. O espírito da festa podia não repercutir em mim, mas certamente repercutia na maior parte da minha vizinhança carioca e Brasil acima. Apesar de toda a diversidade, eu via no Brasil tropical (generalizo assim para me referir ao Brasil excetuando sua porção subtropical, a Região Sul) linguagens, gostos e comportamentos comuns como sua face mais visível. Sua arte, sua expressão popular trazia sempre como pano de fundo o apelo irresistível da rua, onde o múltiplo, o variado, a mistura que a rua evoca ganhavam forma, sendo a música e o ritmo invariavelmente um convite à festa, à dança e à alegria de uma gente expansiva e agregadora. Havia, de fato, uma estética que se adequava perfeitamente ao clichê do Brasil tropical. E se não se poderia afirmar que ela unificava os brasileiros, uma coisa era certa: nós, do extremo sul, éramos os que menos contribuíam para que ela fosse o que era. O que correspondia tão bem à idéia corrente de brasilidade, falava de nós, mas dizia muito pouco, nunca o fundamental a nosso respeito. Ficava claro porque nos sentíamos os mais diferentes em um país feito de diferenças.
Se minha identidade, de repente, era uma incerteza, por outro lado, ao presenciar as imagens do frio serem transmitidas como algo verdadeiramente estranho àquele contexto tropical (atenção: o telejornal era transmitido para todo o país) uma obviedade se impunha como certeza significativa: o frio é um grande diferencial entre nós e os “brasileiros”. E o tamanho da diferença que ele representa vai além do fato de que em nenhum lugar do Brasil sente-se tanto frio como no Sul. Por ser emblema de um clima de estações bem definidas – e de nossas próprias, íntimas estações; por determinar nossa cultura, nossos hábitos, ou movimentar nossa economia; por estar identificado com a nossa paisagem; por ambientar tanto o gaúcho existência-quase-romanesca, como também o rio-grandense e tudo o que não lhe é estranho; por isso tudo é que o frio, independente de não ser exclusivamente nosso, nos distingue das outras regiões do Brasil. O frio, fenômeno natural sempre presente na pauta da mídia nacional e, ao mesmo tempo, metáfora capaz de falar de nós de forma abrangente e definidora, simboliza o Rio Grande do Sul e é simbolizado por ele.
Precisamos de uma estética do frio, pensei. Havia uma estética que parecia mesmo unificar os brasileiros, uma estética para a qual nós, do extremo sul, contribuíamos minimamente; havia uma idéia corrente de brasilidade que dizia muito pouco, nunca o fundamental de nós. Sentíamo-nos os mais diferentes em um país feito de diferenças. Mas como éramos? De que forma nos expressávamos mais completa e verdadeiramente? O escritor argentino Jorge Luís Borges, que está enterrado aqui em Genebra, escreveu: a arte deve ser como um espelho que nos revela a própria face. Apesar de nossas contrapartidas frias, ainda não fôramos capazes de engendrar uma estética do frio que revelasse a nossa própria face.

 [Transcrito do site do autor]
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DEBER DE CASA DO 31 DE MAIO

* Ler o texto da página 10, 11 e 12 do VAMOS LÁ! Portugues 3 Unidade 2:

"A ESTÉTICA DO FRIO"

* Responda com suas palabras (perguntas da página 12, mesma bibliografia)

a) Que elementos ele descreve como típicos do Brasil tropical?

b) Que elementos são proprio do Sul do Brasil?

c) Porque ele se sente um estrangeiro no Brasil?

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Aula do 31 de maio

Escutamos a canção de Caetano Veloso TREN DAS CORES
E transcribimos a letra depois de escutar-la, verso a verso.



Trem Das Cores

Caetano Veloso

Composição : Caetano Veloso
A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chico Buarque - As Vitrines (Carioca Ao Vivo)



Eu te vejo sair por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não

Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar

Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão
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domingo, 15 de maio de 2011

Tarefa do dia 9 de maio

Pag 7 (da unidade. 2)
item 1, passar as frases sublinhadas para a voz pasiva

Pag 8 (da unidade. 2)
Item 2
preencher os espaços vazios com os conetivos.
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Aula de 9 de maio

Na aula do dia, tratamos os seguintes temas:
A laranja da crônica,
toda a pag 5
Comparação.
Metáfora
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

EXAMENES CLE 2011

Para os exámes CLE:
Se vc quer prestar o mesmo, tem que passar os dados, (nome, dni, data de nascimento) para o Fabian, 

HÁ TEMPO SÓ ATÉ O 17/05/11

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http://www.buenosaires.gov.ar/areas/educacion/programas/cle/candidatos_info.php?menu_id=31108

Preguntas frecuentes

¿Qué aplicación tiene el Certificado en Lenguas Extranjeras?
Esta certificación emitida por el Ministerio de Educación del GCBA acredita saberes y conocimientos en cinco lenguas y facilita la futura inserción del candidato en el mundo laboral y académico.
¿Cómo obtengo un Certificado en Lenguas Extranjeras?
La Dirección Operativa de Lenguas Extranjeras ofrece a todo alumno/alumna de instituciones educativas del GCBA un conjunto de exámenes que responden a los criterios y contenidos del Diseño Curricular de Lenguas Extranjeras de la Ciudad de Buenos Aires. Los exámenes CLE pueden rendirse sin ningún requisito previo y no son correlativos.
¿En qué consisten los exámenes CLE?
Constan de una prueba escrita que evalúa las capacidades de escucha, lectura y escritura en el idioma seleccionado y de una prueba oral que evalúa la expresión oral en lengua extranjera. Sólo los candidatos que se presentan a la prueba escrita pueden rendir el examen oral. El Certificado CLE CT (Comprensión de Textos) consta solamente una prueba escrita.
¿Qué calificaciones puedo obtener?
Los candidatos que rindan los exámenes CLE obtendrán una calificación por su desempeño general:
Excelente,
Muy bueno,
Bueno,
No alcanzó
¿Cómo me inscribo para los exámenes CLE 2011?
La inscripción tendrá lugar desde el 2 de mayo hasta el 17 de junio de 2011 y se realizará on-line.
La inscripción de candidatos la realiza la institución educativa a la que concurren.


www.buenosaires.gov.ar
Buenos Aires Ciudad - Sitio Oficial del Gobierno de la Ciudad Autonoma de Buenos Aires, nuestros
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sábado, 7 de maio de 2011

Tarefa do dia 3/05/11

1- VER: Língua Brasileira

En base a esse texto fazer uma crónica similar das provincias de Argentina. 
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Charla com Paloma Amado


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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Novas Regras Ortográficas da Lingua Portuguesa

Novas Regras Ortográficas da Lingua Portuguesa




Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras ortográficas da língua portuguesa. É fácil ver nos jornais, rádios e televisão notícias relacionada a este assunto, porém não é preciso se desesperar, temos até 2012 para se “habituar” com as novas regras. Até lá, as duas regras serão aceitas, uma boa notícia para quem presta concursos públicos e vestibulares. Somente em 2013 que a regra antiga será abolida.

O que muda com as novas regras ortográficas ?

Alfabeto

Nova Regra
O alfabeto será formado por 26 letras
Como é
As letras “k”, “w” e “y” não são consideradas integrantes do alfabeto
Como será
Essas letras serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.

Trema

Nova regra
Não existirá mais o trema na língua portuguesa. Será mantido apenas em casos de nomes estrangeiros. Exemplo: Müller, mülleriano.
Como é
Agüentar, conseqüência, cinqüenta, freqüência, tranqüilo, lingüiça, bilíngüe.
Como será
Aguentar, consequência, cinquenta, frequência, tranquilo, linguiça, bilíngue.

Acentuação – ditongos “ei” e “oi”

Nova regra
Os ditongos abertos “ei” e “oi” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas
Como é
Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
Como será
Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico.
Obs: Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.

Acentuação – “i” e “u” formando hiato

Nova regra
Não se acentuarão mais “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Como é
baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva
Como será
baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva
Obs 1: Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição final o acento permanece: tuiuiú, Piauí.
Obs 2: Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, saída, gaúcho.

Hiato

Nova regra
Os hiatos “oo” e “ee” não serão mais acentuados
Como é
enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem
Como será
enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem

Palavras homônimas

Nova regra
Não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes)
Como é
Pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo
Como será
para, pela, pelo, pera, polo
Obs 1: O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da preposição por).
Obs 2: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Hífen – “r” e “s”

Nova regra
O hífen não será mais utilizado em prefixos terminados em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s”. Nesse caso, essas letras deverão ser duplicadas.
Como é
ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-rival, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, supra-renal.
Como será
antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirrival, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, infrassom, ultrassonografia, semirreal, suprarrenal.

Hífen – mesma vogal

Nova Regra
O hífen será utilizado quando o prefixo terminar com uma vogal e a segunda palavra começar com a mesma vogal.
Como é
antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus.
Como será
anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus.

Hífen – vogais diferentes

Nova regra
O hífen não será utilizado quando o prefixo terminar em vogal diferente da que inicia a segunda palavra.
Como é
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, co-autor, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático
Como será
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático.
Obs: A regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por h: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo.
Fonte: Cláudia Beltrão, professora de português da Central de Concursos

Publicado em 05/01/2009 por Tuga
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fonte: http://www.mundodastribos.com/novas-regras-ortograficas-da-lingua-portuguesa.html
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AULA DE PORTUGUÉS - A LARANJA DA CRÔNICA - 03/05

A  LARANJA  DA  CRÔNICA Carlos Eduardo Novaes
(Prefácio do livro A cadeira do dentista e outras crônicas. Coleção "Para Gostar de Ler" – Volume 15 – São Paulo, Editora Ática, 1995.)
    São 25 crônicas que virão a seguir, escolhidas e selecionadas, como frutas para exportação, na plantação de textos do meu latifúndio literário (24 livros).
    O pomar da literatura, vocês sabem, é composto de diferentes espécies: a poesia, que, pela sua delicadeza, compara à uva; o romance, que, pela sua densidade, me lembra uma jaca (não dá para comer toda de uma vez e se presta muito para fazer doces e filmes); o conto, que, para ter qualidade, precisa ser redondo como uma lima; a novela, que, a meio caminho entre o conto e o romance, poderia ser um melão; e a crônica, que, pela variedade e popularidade, equivale à laranja.
    O conto e a crônica, como se vê, são parecidos e às vezes até confundidos sob um olhar apressado. O conto, como a lima, tem a casca mais fina e pode ser mais agradável a um paladar delicado. A crônica, casca mais grossa, não requer tantos cuidados para frutificar. Cresce até em publicações periódicas, como jornais e revistas, mas nem por isso seu valor nutritivo é menor: contém todas as vitaminas necessárias à formação de um leitor.
    As crônicas, como as laranjas, podem ser doces ou azedas; consumidas em gomos ou pedaços, na poltrona de casa, ou virar suco, espremidas nas salas de aula.
    Para quem está começando agora a percorrer os caminhos desse delicioso pomar, devo dizer que as duas dúzias de crônicas que estou oferecendo (vai mais uma de "quebra") são azedinhas, muito cítricas (ou críticas), mas, espero, bastante saborosas. Faço votos que vocês se deliciem com elas, que lhes matem a sede de leitura e – último aviso – não esqueçam de cuspir os caroços.
 
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AULA DE PORTUGUÈS - GÊNERO CRÔNICA - 03/05

ALGUMAS  CARACTERÍSTICAS DA  CRÔNICA
 
  1. 1-       Algumas características abaixo foram citadas por vários autores que tentaram entender a crônica enquanto estilo literário:


  • Temática ligada à vida cotidiana;
  • Narrativa informal, familiar, intimista, uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
  • Síntese, brevidade;
  • Dose de lirismo (geralmente escrito na primeira pessoa);
  • Natureza ensaística; mistura de tipos textuais (narração, descrição, opinião, etc.)
  • Leveza; diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada; uso do humor;
  • Efímero por ser um gênero de publicaçã periódica (em jornais)
  • Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade;
  • É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna. 
    1. 2 -   Escolha a opção certa ou complete com o verbo entre parênteses no tempo adequado: 


    ...No Brasil, a crônica se consolidou por volta de (por volta de - perto de)...  (ver embaixo)


    Crônica: um gênero literário
    Fonte: www.sitedeliteratura.cjb.net      
    A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar"1, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"2.
            A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". João Roberto Faria no prefácio de Crônicas Escolhidas de José de Alencar nos explica:


    "Naqueles tempos, a crônica chamava-se folhetim e não tinha as características que tem hoje. Era um texto mais longo, publicado geralmente aos domingos no rodapé da primeira página do jornal, e seu primeiro objetivo era comentar e passar em revista os principais fatos da semana, fossem eles alegres ou tristes, sérios ou banais, econômicos ou políticos, sociais ou culturais. O resultado, para dar um exemplo, é que num único folhetim podiam estar, lado a lado, notícias sobre a guerra da Criméia, uma apreciação do espetáculo lírico que acabara de estrear, críticas às especulações na Bolsa e a descrição de um baile no Cassino."3
            O folhetim fazia parte da estrutura dos jornais, era informativa e crítica. Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor.
            Ainda hoje há a relação da crônica e o jornalismo. Os jornais ainda publicam crônicas diariamente, mas seu aspecto literário já é indiscutível. O próprio fato de conviver com o efêmero propicia uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, insinuante e despretenciosa como só a literatura pode ser. É "uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa realidade e de nossa história..."2.
            No Brasil, a crônica se consolidou por volta de (
    por volta de - perto de) 1930 e atualmente vem adquirindo (adquirir) uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes (além dos grandes - aliás dos) autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. (Todo -Tudo) Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse (desenvolver-se) no Brasil de forma extremamente significativa.
               Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida..."4.
       

    1 - Afrânio Coutinho - "A literatura no Brasil" - Volume III - RJ: Livr. São José, 1964.
    2 - Davi Arrigucci Jr. - "Fragmentos sobre a crônica" - Folha de São Paulo, 01/05/87.
    3- João Roberto Faria no prefácio (Alenaar conversa com os seus leitores) de "Crônicas escolhidas - José de Alencar" - São Paulo: Ed. Ática e Folha de São Paulo, 1995.
    4 - Antônio Cândido no artigo "A vida ao rés-do-chão".






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    AULA DE PORTUGUÉS - LÍNGUA BRASILEIRA - 03/05

    Língua Brasileira

    publicação original de brazilianvoice. com (clique e leia a crônica atual)




    "Outro dia encontrei um mandinho, um guri desses que andam pela rua sem carpim, de bragueta aberta, soltando pandorga. Eu vinha de bici, descendo a lomba pra ir na lancheria comprar umas bergamotas...".
    Se você não é gaúcho, provavelmente não entendeu nada do que eu estava contando. No Rio Grande do Sul a gente chama tangerina de bergamota e carne moída de guisado. Bidê, que a maioria usa no banheiro é o nome que nós demos para a mesinha de cabeceira, que em alguns lugares chamam de criado mudo. E por aí vai. A privada nós chamamos de patente. Dizem que começou com a chegada dos primeiros vasos sanitários de louça, vindos da Inglaterra, que traziam impresso "Patent" número tal. E pegou.
    Ir aos pés no RS é fazer cocô. Eu acho tri elegante, poético. "Com licença, vou aos pés e já volto". Uma amiga carioca foi passear em Porto Alegre e precisou de um médico. A primeira coisa que ele perguntou foi: "Vais aos pés normalmente, minha filha?" Ela na mesma hora levantou e começou a fazer flexão.
    O Brasil tem dessas coisas, é um país maravilhoso, com o português como língua oficial, mas cheio de dialetos diferentes.
    No Rio é "e aí merrmão! CB, sangue bom! Vai rolá umach paradach". Até eu entender que merrmão era "meu irmão" levou um tempo. Em São Paulo eles botam um "i" a mais na frente do "n": "ôrra meu! Tô por deintro, mas não tô inteindeindo". E no interiorrr falam um erre todo enrolado: "a Ferrrnanda marrrcô a porrrteira". Dá um nó na língua. A vantagem é que a pronúncia deles no inglês é ótima.
    Em Mins, quer dizer em Minas, eles engolem letras e falam Belzonte, Nossenhora e qualquer objeto é chamado de trem. Lembrei daquela história do mineirinho na plataforma da estação. Quando ouviu um apito, falou apontando as malas: "Muié, pega os trem que o bicho tá vindo".
    No nordeste é tudo meu rei, bichinho, ó xente. Pai é painho, mãe é mainha, vó é vóinha. E pra você conseguir falar com o acento típico da região, é só cantar sempre a primeira sílaba de qualquer palavra numa nota mais aguda que as seguintes.
    Mas o lugar mais curioso de todos é Florianópolis. Lagartixa eles chamam de crocodilinho de parede. Helicóptero é avião de rosca (que deve ser lido rôchca). Carne moída é boi ralado. Se você quiser um pastel de carne precisa pedir um envelope de boi ralado. Telefone público, o popular orelhão, é conhecido como poste de prosa e a ficha de telefone é pastilha de prosa. Ôvo eles chamam de semente de galinha e motel é lugar de instantinho. E tem mais..."BRIÓI" é como chamam a BR-101. E a pronúncia correta de d+e é "di" mesmo e não "dji" como a gente fala. Também t+i é "ti" e não "tchi". Dizem que vem da colonização açoriana, mas eu acho que essa pronúncia vem sendo potencializada pela influência do castelhano, com a invasão de argentinos no litoral catarinense sempre que chega o verão. Alguma coisa eles devem deixar, além do lixo na praia.
    Em Porto Alegre, uma empresa tentou lançar um serviço de entrega a domicílio de comida chinesa, o Tele China. Só que um dos significados de china no RS é prostituta. Claro que não deu certo. Imagina a confusão, um cara pede uma loira às 2 da manhã e recebe a sugestão de Frango Xadrez com Rolinho Primavera. Banana Caramelada! O que é que o cara vai querer com uma Banana Caramelada no meio da madrugada? Tudo isso é muito engraçado, mas às vezes dá problema sério.
    A primeira vez que minha mãe foi ao Rio de Janeiro entrou numa padaria e pediu: "Me dá um cacete!!!". Cacete pra nós é pão francês. O padeiro caiu na risada, chamou-a num canto e tentou contornar a situação. Ela ingenuamente emendou: "Mas o senhor não tem pelo menos um cacetinho?".
    Kledir Ramil

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